É uma bomba de presunção e água benta
que te rebenta na tromba;
é uma pomba branca
que desanca o filho na cruz.
Onde está o amor que fizeste?
por assim dizer
Alugam-se Poemas
sábado, 28 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
Confesso
Às vezes sinto inveja e p'ra que ninguém veja guardo-o bem em mim.
O que é que queres, eu sou assim, não faço por mal,
Que afinal de que serviria forçar um fim?
Há coisas que são mais fáceis de aceitar,
Coisas sem idioma que podes deixar entrar.
Por muito que olhes há coisas que não vês,
Às vezes o céu significa o peito, às vezes a chuva, nem tudo é perfeito.
Confesso.
Às vezes tenho vergonha, que quando um gajo sonha
Despe o seu mundo, o que no fundo é elementar.
Às vezes quando me desprezo não posso nem devo pensar que
Há coisas que são mais fáceis de aceitar,
Coisas sem idioma que podes deixar entrar.
Por muito que olhes há coisas que não vês,
Às vezes o céu significa o peito, às vezes a chuva, nem tudo é perfeito.
Confesso.
O que é que queres, eu sou assim, não faço por mal,
Que afinal de que serviria forçar um fim?
Há coisas que são mais fáceis de aceitar,
Coisas sem idioma que podes deixar entrar.
Por muito que olhes há coisas que não vês,
Às vezes o céu significa o peito, às vezes a chuva, nem tudo é perfeito.
Confesso.
Às vezes tenho vergonha, que quando um gajo sonha
Despe o seu mundo, o que no fundo é elementar.
Às vezes quando me desprezo não posso nem devo pensar que
Há coisas que são mais fáceis de aceitar,
Coisas sem idioma que podes deixar entrar.
Por muito que olhes há coisas que não vês,
Às vezes o céu significa o peito, às vezes a chuva, nem tudo é perfeito.
Confesso.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
Chave
Sofri cofres,
Sofri desejos amorfes
para chegar até aqui,
mas os sentidos quiseram o céu.
Ainda o caminho era longo
e já eu era um ditongo
de uma palavra de mar,
impossível de soletrar.
Por isso sonhei fontes,
sonhei sonhos ardentes.
Não me desapontes, não consigas por muito que tentes.
Não tentes o que sonhei para chegar aqui.
Mas pois senão que um mas a olhar para o lado,
um mas quase perdido, quase desesperado,
Mas não de oposição.
[interlúdio musical]
Mas os sentidos quiseram o céu...
Ainda o caminho era extenso
e já eu era um lenço
a acenar adeus ao mar
impossível de navegar.
Mas pois senão que um mas a olhar para o lado,
um mas quase perdido, quase desesperado,
Mas não de oposição:
Um mas de concessão,
um mas de não ser capaz;
O admitir e seus ecos de paz.
Sofri desejos amorfes
para chegar até aqui,
mas os sentidos quiseram o céu.
Ainda o caminho era longo
e já eu era um ditongo
de uma palavra de mar,
impossível de soletrar.
Por isso sonhei fontes,
sonhei sonhos ardentes.
Não me desapontes, não consigas por muito que tentes.
Não tentes o que sonhei para chegar aqui.
Mas pois senão que um mas a olhar para o lado,
um mas quase perdido, quase desesperado,
Mas não de oposição.
[interlúdio musical]
Mas os sentidos quiseram o céu...
Ainda o caminho era extenso
e já eu era um lenço
a acenar adeus ao mar
impossível de navegar.
Mas pois senão que um mas a olhar para o lado,
um mas quase perdido, quase desesperado,
Mas não de oposição:
Um mas de concessão,
um mas de não ser capaz;
O admitir e seus ecos de paz.
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012
Por Assim Dizer
Por Assim Dizer é, em primeiro lugar, um ensaio onírico. Só depois um objecto de exasperação.
Daí ser essencialmente puerilidade, hipostasiação e desconforto. Das cordas invencíveis de uma guitarra barata, fazer vibrar palavras, versos brancos, poemas, coisas intangíveis. É um dedilhar memórias de pessoas por vezes coloridas e de lugares que nos são estranhamente familiares; um escrever estórias de amantes e pretendentes com as notas que parecem existir por baixo das teclas do piano. Cada nota é uma emoção diferente, única e intraduzível. Cada sofrido compasso, uma pequena metamorfose, um fragmento de vida, um luxo de passo para a morte. Mágoa em semínimas. Amor bemol.
Todas as melodias são cinzeladas à mão por este melónamo artesão. São texturas de sonhos, sereias subtis que se me escorrem das mãos, dos dedos para quaisquer ouvidos abertos. Um baixar as defesas. Mecanismos de silêncio. Os teus movimentos sem saída seguros por raízes. Para além de beleza, não têm nada a dizer. São paixões. Uma cópula carnal. Sinistra sinfonia de rosas.
O experimental e a descontrução são inevitáveis. Desinspirações imprevisíveis. São lograr cansaço. Regem-se pela ordem arbitrária de vácuos impalpáveis. Uma sépala de gestos mitigados. Um ruído é a infusão compósita de almíscar e tiquetaques negros. Uma vertigem espiral encerrada numa nuvem de éter. Uma sonolenta tarde de verão e arco-íris de areia em postais amarelecidos. Dedos mortos no fumo.
Cabe aos amigos um ténue perímetro de reconhecimento. Um lugar no tempo perfeito. Línguas de ópio. Sáficos, jâmbicos ou heróicos. Delicadeza de vidro na voz, grito de vapor poético. Fogo-de-artifício nos pulsos, nas mãos, nos lábios, nos dedos. Jovens valquírias e trovadores na noite.
O desejo é congregar todas as coisas. Amar um mundo. Nasce uma flor. Velhos inventários elegantes, com a velha glória das grandes nomenclaturas. Parece-me que já estive aqui antes. Fito a vaga remniscência. Este é o laborioso ofício da mais minuciosa lavra, executado na mais traiçoeira brenha. Mergulhamos entre as músicas, deixamo-las respirar, perdemo-nos na justeza de um murmúrio. Damos-lhe um nome. Damos-lhe um lugar. Damos-lhe um carácter. Damos-lhe vida, por assim dizer.
Daí ser essencialmente puerilidade, hipostasiação e desconforto. Das cordas invencíveis de uma guitarra barata, fazer vibrar palavras, versos brancos, poemas, coisas intangíveis. É um dedilhar memórias de pessoas por vezes coloridas e de lugares que nos são estranhamente familiares; um escrever estórias de amantes e pretendentes com as notas que parecem existir por baixo das teclas do piano. Cada nota é uma emoção diferente, única e intraduzível. Cada sofrido compasso, uma pequena metamorfose, um fragmento de vida, um luxo de passo para a morte. Mágoa em semínimas. Amor bemol.
Todas as melodias são cinzeladas à mão por este melónamo artesão. São texturas de sonhos, sereias subtis que se me escorrem das mãos, dos dedos para quaisquer ouvidos abertos. Um baixar as defesas. Mecanismos de silêncio. Os teus movimentos sem saída seguros por raízes. Para além de beleza, não têm nada a dizer. São paixões. Uma cópula carnal. Sinistra sinfonia de rosas.
O experimental e a descontrução são inevitáveis. Desinspirações imprevisíveis. São lograr cansaço. Regem-se pela ordem arbitrária de vácuos impalpáveis. Uma sépala de gestos mitigados. Um ruído é a infusão compósita de almíscar e tiquetaques negros. Uma vertigem espiral encerrada numa nuvem de éter. Uma sonolenta tarde de verão e arco-íris de areia em postais amarelecidos. Dedos mortos no fumo.
Cabe aos amigos um ténue perímetro de reconhecimento. Um lugar no tempo perfeito. Línguas de ópio. Sáficos, jâmbicos ou heróicos. Delicadeza de vidro na voz, grito de vapor poético. Fogo-de-artifício nos pulsos, nas mãos, nos lábios, nos dedos. Jovens valquírias e trovadores na noite.
O desejo é congregar todas as coisas. Amar um mundo. Nasce uma flor. Velhos inventários elegantes, com a velha glória das grandes nomenclaturas. Parece-me que já estive aqui antes. Fito a vaga remniscência. Este é o laborioso ofício da mais minuciosa lavra, executado na mais traiçoeira brenha. Mergulhamos entre as músicas, deixamo-las respirar, perdemo-nos na justeza de um murmúrio. Damos-lhe um nome. Damos-lhe um lugar. Damos-lhe um carácter. Damos-lhe vida, por assim dizer.
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Isto Não É Um Poema
Então decidi escrever um poema. Pousei o charro no cinzeiro, permitindo aos meus olhos planearem a contemplação do universo crepuscular que seria o meu quarto. Não era uma cedência total ao sentido, mas uma bela permuta: em troca sonhei entender meia dúzia de explicações para a génese do mundo, todas elas igual e fantasticamente plausíveis. No mercado dos sentidos, saber como tudo começou é um produto raro e valioso, e eu consegui-o por uma pechincha.
À luz do que soube durante aquele bocadito revelador, a metáfora do ovo e da galinha não faz sentido nenhum, porquanto se prende com uma questão temporal, quando não há antes nem depois, há um agora infinito que não depende de nós, nunca dependeu nem nunca dependerá, mas lá está, nunca também não faz sentido, como também não faz sentido conjugar verbos, pretéritos, futuros e condicionais, um mais-que-perfeito, não vá o diabo tecê-las, mas conjugar o quê quando tudo é infinitivo, tudo é gerúndio, não houve início nem haverá fim porque o universo é um verbo eterno, uma acção perpétua, e pronto, pelo que deu para perceber é isto. E, sim, foi o que me ocorreu naquela altura luminosa, foi a metáfora da galinha e do ovo.
Mas no preciso momento em que acabava de me aborrecer com isto, o que não dissera e o que dissera a mais reuniram-se num estranho círculo de lava e de sangue: agora sei que a lava representava o irrevelado, a dor potencial e a omissão; o sangue, as solenes vitórias e as consagradíssimas derrotas. O meu juízo isolado levara-me a crer que se tratava também de uma aliança de funestos arrependimentos de estirpes perdidas nos sulcos do tempo, rasgando pretéritos no predicado da vida, forçando sentido nas palavras que aqui deixo cair, sim, largo-as aqui, que escrever também é esquecer as coisas no papel, digo que a vida tem predicado, digo que arrependimentos formam alianças, do imperfeito ao mais-que-perfeito, sem ponto final, digo uns símbolos estranhos, um vigor de gerúndio, trocando os atributos às coisas, fugindo ao assunto.
E pronto, foi esse oceano de opções e esta maldita liberdade de escolha que me levaram a esta insana decisão. Foi o meu ser perdido no vil deslumbre do exterior que se deixou abraçar pelos tentáculos das geometrias insondáveis da possibilidade. Não. Isto não é um poema. Nem fui eu que o decidi.
À luz do que soube durante aquele bocadito revelador, a metáfora do ovo e da galinha não faz sentido nenhum, porquanto se prende com uma questão temporal, quando não há antes nem depois, há um agora infinito que não depende de nós, nunca dependeu nem nunca dependerá, mas lá está, nunca também não faz sentido, como também não faz sentido conjugar verbos, pretéritos, futuros e condicionais, um mais-que-perfeito, não vá o diabo tecê-las, mas conjugar o quê quando tudo é infinitivo, tudo é gerúndio, não houve início nem haverá fim porque o universo é um verbo eterno, uma acção perpétua, e pronto, pelo que deu para perceber é isto. E, sim, foi o que me ocorreu naquela altura luminosa, foi a metáfora da galinha e do ovo.
Mas no preciso momento em que acabava de me aborrecer com isto, o que não dissera e o que dissera a mais reuniram-se num estranho círculo de lava e de sangue: agora sei que a lava representava o irrevelado, a dor potencial e a omissão; o sangue, as solenes vitórias e as consagradíssimas derrotas. O meu juízo isolado levara-me a crer que se tratava também de uma aliança de funestos arrependimentos de estirpes perdidas nos sulcos do tempo, rasgando pretéritos no predicado da vida, forçando sentido nas palavras que aqui deixo cair, sim, largo-as aqui, que escrever também é esquecer as coisas no papel, digo que a vida tem predicado, digo que arrependimentos formam alianças, do imperfeito ao mais-que-perfeito, sem ponto final, digo uns símbolos estranhos, um vigor de gerúndio, trocando os atributos às coisas, fugindo ao assunto.
E pronto, foi esse oceano de opções e esta maldita liberdade de escolha que me levaram a esta insana decisão. Foi o meu ser perdido no vil deslumbre do exterior que se deixou abraçar pelos tentáculos das geometrias insondáveis da possibilidade. Não. Isto não é um poema. Nem fui eu que o decidi.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
O Meu Lema É Não Sei
O meu lema é não sei.
Hesitação, a minha destreza.
Mas em nada saber -
Não obstante uma leve beleza -
Há um grande vão, feio de se ver:
O meu lema é não sei.
Nunca tenho a certeza,
Nem mesmo a de que errei,
E julgo torpe proeza
Que a dúvida desabe,
E pensar-se que se sabe.
Sua alteza, agora é rei,
Não há quem o aldrabe.
Mas o meu lema é não sei.
Nunca estou seguro da verdade,
Nem nunca acreditei.
Vês?
O meu lema é não sei.
A que fim assim chegarei?
Verdades não são vitórias,
São antes falsas glórias,
Majestades provisórias,
Então só por hoje será rei,
Amanhã? Eu não o saberei.
O meu lema é não sei,
Sem fim como a História,
Essa verdade espectacular
E tão boa de acreditar.
Vês?
Nunca acabo de pensar,
Nem sei como hei-de acabar.
Houvesse só um começo
E também eu seria rei.
Mas assim o que mereço?
Não me adoro nem me odeio,
Porquanto não me conheço.
O meu meio não existe.
Assim cada fim triste
Será sempre um novo início,
E nunca um precipício.
O meu lema é não sei,
Que saber é um desperdício.
Hesitação, a minha destreza.
Mas em nada saber -
Não obstante uma leve beleza -
Há um grande vão, feio de se ver:
O meu lema é não sei.
Nunca tenho a certeza,
Nem mesmo a de que errei,
E julgo torpe proeza
Que a dúvida desabe,
E pensar-se que se sabe.
Sua alteza, agora é rei,
Não há quem o aldrabe.
Mas o meu lema é não sei.
Nunca estou seguro da verdade,
Nem nunca acreditei.
Vês?
O meu lema é não sei.
A que fim assim chegarei?
Verdades não são vitórias,
São antes falsas glórias,
Majestades provisórias,
Então só por hoje será rei,
Amanhã? Eu não o saberei.
O meu lema é não sei,
Sem fim como a História,
Essa verdade espectacular
E tão boa de acreditar.
Vês?
Nunca acabo de pensar,
Nem sei como hei-de acabar.
Houvesse só um começo
E também eu seria rei.
Mas assim o que mereço?
Não me adoro nem me odeio,
Porquanto não me conheço.
O meu meio não existe.
Assim cada fim triste
Será sempre um novo início,
E nunca um precipício.
O meu lema é não sei,
Que saber é um desperdício.
sábado, 29 de janeiro de 2011
Música No Coração: Porque É, Que Será
Ser homem o suficiente para governar e administrar um projecto, até ao fim, consumir as suas imperfeições, sorver os seus defeitos. Ser homem o suficiente para assumir como minha qualquer canção que apanhe no ar, porque a música não é mais do que isso, vento fino, delicadíssimo, que se nos escorrega pela cara, pelos olhos, pela boca, pelo nariz, pelos ouvidos, aos sentidos, que se nos foge entre os dedos, Vou fugir de ti, apanha o que puderes, e que, ulterior a nós, nos oferece apenas um vislumbre de si, Anda atrás de mim.
Poucos conhecem os seus mistérios harmónicos, e aqueles que se dedicam a decifrá-los, os músicos cristos, pregam-na ao resto da humanidade, É esta a nossa religião, acreditamos na vibração, o som é a nossa forma de comunhão espiritual, e claro que Afinal sois músicos ou padres?, mas ainda assim, não esqueçamos, a música não é mais do que uma brisa divina muitíssimo anterior aos homens, que, cegos, ainda acreditam às vezes que são não só fazedores, mas também criadores de uma coisa que muito mais provável e verosimelmente os houvera criado a eles, em algum etéreo momento em que se sentia entediada com o excesso da sua própria beleza, merecendo por isso, com o mais profundo sentido de mérito, que sejamos homens o suficiente para governar um projecto nosso, não por direito, mas porque disso nos tornámos merecedores, que o tempo é o nosso mais merecido sacrifício, e que, pelo menos eu, porquanto pelos outros não poderei nunca escrevinhar assim, na minha condição de suficientemente homem, apanhe qualquer melodia no ar e a entregue a um ou outro par de ouvidos, sim, três vivas à juventude, da nota-morfema à melodia-palavra, da melodia-palavra à harmonia-linguagem, e agora é só esse o desígnio da minha existência.
Diz a douta boca do povo que, e porque não, um homem só o é depois de fazer um filho, escrever um livro e plantar uma árvore, não necessariamente por esta ordem, o meu subconsciente é que assim o quis, portanto perguntem-me, Já plantaste uma árvore?, de modos que me podem perguntar, Já escreveste um livro?, se vos aprouver, estejam à vontade, mas o meu filho é este aqui, inteiramente saído daqui de dentro, Sim, fui eu, fui eu que o fiz, mas ele já existia muito antes de mim.
Poucos conhecem os seus mistérios harmónicos, e aqueles que se dedicam a decifrá-los, os músicos cristos, pregam-na ao resto da humanidade, É esta a nossa religião, acreditamos na vibração, o som é a nossa forma de comunhão espiritual, e claro que Afinal sois músicos ou padres?, mas ainda assim, não esqueçamos, a música não é mais do que uma brisa divina muitíssimo anterior aos homens, que, cegos, ainda acreditam às vezes que são não só fazedores, mas também criadores de uma coisa que muito mais provável e verosimelmente os houvera criado a eles, em algum etéreo momento em que se sentia entediada com o excesso da sua própria beleza, merecendo por isso, com o mais profundo sentido de mérito, que sejamos homens o suficiente para governar um projecto nosso, não por direito, mas porque disso nos tornámos merecedores, que o tempo é o nosso mais merecido sacrifício, e que, pelo menos eu, porquanto pelos outros não poderei nunca escrevinhar assim, na minha condição de suficientemente homem, apanhe qualquer melodia no ar e a entregue a um ou outro par de ouvidos, sim, três vivas à juventude, da nota-morfema à melodia-palavra, da melodia-palavra à harmonia-linguagem, e agora é só esse o desígnio da minha existência.
Diz a douta boca do povo que, e porque não, um homem só o é depois de fazer um filho, escrever um livro e plantar uma árvore, não necessariamente por esta ordem, o meu subconsciente é que assim o quis, portanto perguntem-me, Já plantaste uma árvore?, de modos que me podem perguntar, Já escreveste um livro?, se vos aprouver, estejam à vontade, mas o meu filho é este aqui, inteiramente saído daqui de dentro, Sim, fui eu, fui eu que o fiz, mas ele já existia muito antes de mim.
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